terça-feira, 24 de julho de 2012

Californication.

"Querida Karen, se está lendo isso é porque eu realmente tive coragem de enviar. Então, bom para mim! Você não me conhece muito bem, mas se deixar, verá que tenho tendência a falar que tenho dificuldade para escrever, mas isso... Isso é a coisa mais difícil que já tive que escrever. Não há maneira fácil de dizer, então vou falar logo. Conheci uma pessoa. Foi um acidente. Eu não estava à procura e não estava preparado. Foi uma tempestade perfeita. Ela falou algo, eu também. Quando vi, queria passar o resto da minha vida naquela conversa. 
Agora estou com a intuição de que ela pode ser a mulher certa. Ela é totalmente louca, de um jeito que me faz sorrir, altamente neurótica. Uma grande dose de manutenção necessária...
Ela é você, Karen. Essa é a boa notícia.
A má é que eu não sei como ficar com você nesse momento. E isso me assusta muito.
Porque se eu não ficar com você agora, sinto que nos perderemos. O mundo é grande, mal, cheio de reviravoltas. As pessoas costumam piscar e perder um momento. O momento que poderia ter mudado tudo.
Não sei o que está acontecendo entre nós, e não posso dizer por que você deveria gastar um pouco de fé em alguém como eu.
Mas como seu cheiro é bom, como o lar! E você faz um ótimo café, isso tem que valer alguma coisa.
Me liga...
Infielmente seu, Hank Moody."

Whatever it takes.

O nome do filme é Whatever It Takes (Correndo Atrás), ele conta a história de um menino que era completo e inteiramente apaixonado desde sei lá quando pela menina mais bonita da escola, mas acaba se frustrando quando a conhece e tem a chance de sair com ela, pois ela não tinha nada além de beleza. Era fútil demais. Além disso, ele tinha uma melhor amiga de infância, a qual sabia tudo sobre ele, menina inteligente e acima de tudo companheira, demorou um bocado para ele descobrir que sentia algo por ela, algo que ia além da amizade. Não deu outra, aquela menina por quem ele era completamente apaixonado desde sei lá quando se apaixonou por ele, mas ele deu um “pé-na-bunda” dela quando descobriu quem ela realmente era e ficou com sua melhor amiga.
O que eu estou querendo dizer? Bom, às vezes a gente deseja tanto uma pessoa, e quando a gente a conhece a gente acaba se frustrando, pois essa pessoa não era quem a gente imaginava que fosse. Eu acho que o que eu queria mesmo era me dizer isso. Não sei se serve para você também... Acho que o que eu queria mesmo era acabar com essa fantasia, pois acho que não tenho mais idade para ficar idealizando pessoas, colocando defeitos ou pendurando-as em pedestais.
E têm tanta gente inteligente, interessante, bem-humorada e divertida por aí. E às vezes a gente se fecha para o mundo porque a gente quer aquela pessoa que não quer nada com a gente... E às vezes a gente tem a chance de conhecer verdadeiramente essa pessoa, e às vezes a gente acaba se decepcionando, pois ela não era quem a gente esperava que fosse. (Triste, mas verdadeiro... Eu sei).
Que a gente não perca a oportunidade de viver, de ser feliz. Que a gente não se abra para qualquer historinha mais ou menos por carência. Que a gente saiba aceitar as expectativas quebradas como um aprendizado. Às vezes não é a nossa hora... Mas eu tenho certeza que um dia, em um acaso afortunado da vida, a hora de cada um chegará. Eu tenho certeza... (Longos suspiros...)

Calmaria.

- "Estou indo embora."
- "Tudo bem..."
(Segundos depois...)
- "Por que ainda não foi embora?"
- "Porque estou esperando você me pedir para ficar..."
(Sorrisos e suspiros.)

domingo, 20 de maio de 2012

Madrugada.

Sinceramente, eu não sei por onde começar. Primeiramente, com certeza achará que sou louca. Segundo, que não tenho nenhuma noção. Mas eu precisava vir aqui e te falar isso. Eu sempre fui do time da sinceridade, sabe? Do time que se arrisca, do time que vive, fala, repreende e que faz o que tem vontade de fazer. Sempre defendi àquela venha filosofia do “por que não tentar já que estou aqui?”. Eu sou louca, completa e inteiramente louca. E confesso que gosto muito disso. Não sei o verdadeiro motivo disso tudo, de eu estar aqui, mas uma parte de mim teve de puxar a outra parte para fazer com que eu criasse coragem de vir até aqui e te falar o que já devia ter falado há dias. Com certeza você não tem ideia de quem sou eu, mas explicar-me-ei, ou tentar-me-ei...
Eu nunca acreditei em interesse à primeira vista, se é que você me entende. Eu sempre tive que conhecer melhor a pessoa, saber os ideais, os costumes para que me interessasse verdadeiramente por ela. Mas com você foi diferente, e eu não consigo entender o motivo. E eu sei que não devia ter vindo aqui falar isso. Mas é que com você foi diferente, porque quando eu te vi pela primeira vez, quando olhei para você pela primeira vez... Tudo parou. E eu me senti como se estivesse em um filme, me senti uma personagem de uma comédia romântica. E foi tudo tão novo, tão estranho para mim. E eu tenho este receio de que eu posso estar cometendo o pior e maior erro de minha vida. Mas que graça teria viver sem às vezes se arriscar?
E você achará que sou louca e terá razão. Mas é que eu sempre achei que se a gente tivesse vontade de fazer algo, a gente devia fazer, sem se importar com os quês e porquês. E aqui estou, sem saber o que escrever e com vontade de mundo, com vontade de falar mil novecentas e setenta e nove coisas a você, mas todas essas coisas vêm de uma só vez e eu não sei por onde começar. E você não esperava por isso, e eu também não esperava por isso. E eu estou com medo de te assustar, e principalmente, de me assustar... E eu estou assustada.
É que eu nunca fui disso, sabe? Eu nunca escrevi diretamente para alguém, ainda mais para alguém que eu nunca sequer conversei. E isso me assusta. Muito. E eu odeio parecer vulnerável, e eu não quero parecer vulnerável. E eu estou confusa. E estou com vontade de voltar atrás e tentar novamente não me lembrar de você ou driblar esta coisa estranha que estou sentindo. Só acho que não devia estar aqui, mas poxa vida, aqui estou.
E, eu não sei nada sobre você, não sei se gosta de alguém, não sei qual é seu gênero musical preferido, sua música preferida, seu filme favorito, seu assunto. Eu não sei nada sobre você. Definitivamente. Eu não sei se você está com alguém ou se está sozinho, se prefere salgado ou doce, inverno ou verão. Está-se amando, gostando ou se está entorpecido, apático. Mas eu gostaria de saber tudo isso e outras coisas mais. E você não faz ideia do quão difícil é para mim me expressar, ainda mais desta maneira... E eu falo para mim mesma que isso é normal. Isso é normal?
É que já são quase quatro horas da madrugada e a lua está linda e eu estou sensível, sensível. E eu acho que te coloquei em um pedestal tão alto que ninguém consegue alcançar e por isso, de uma vez por todas, tenho de tentar tirá-lo deste pedestal. E porque essa noite tinha uma dezena de pessoas e eu não queria ninguém. E porque na outra noite tinha outra dezena de pessoas e eu também não queria ninguém. E eu odeio essa sensação de vulnerabilidade que isso tudo traz. Então me pergunto se não invento. Às vezes eu tenho certeza de que invento. Mas sigo...
... Sigo. E eu acho que eu só queria te falar que o acho inteligente e que me interessei por você sem nenhum motivo, razão. E que inteligência, para mim, é afrodisíaco, e que... Enfim, já é madrugada, e eu estou confusa e você ficará confuso, perplexo ao ler isso tudo. Acho que já chega de escrever...
E isso tudo não é uma declaração, um pedido, mas um desabafo. E você pode ignorá-lo, e eu entenderei caso assim fizer. E desculpe-me, por tudo, e principalmente, pela minha falta de jeito com as palavras, mas é que eu tenho medo de dar nome ao que sinto porque tenho medo das palavras e acho que isso mudaria qualquer coisa. Como quando a gente mata uma flor porque pôs água demais nela.
E eu não ia enviar, mas é que esse “e se...?” estava me crucifixando. E eu não sei se tudo isso faz algum sentido, porque eu não estou fazendo muito sentido. Vou dormir.



segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nobody breaks my heart.



- Porque eu partirei o seu coração.
- Talvez eu partirei o seu...
- Ninguém parte o meu coração.

No matter...

E não importa o quanto você seja legal, os homens vão sempre preferir as gostosas. A verdade é bem essa: a mulher pode ser inteligente e salve-salve, mas se ela não tem os arquétipos femininos que todos os homens almejam, ela não é interessante - aos olhos deles.
Em uma disputa entre gostosa e intelecutal, minha amiga, a gostosa ganha disparado.
Aquele papo de que "não basta ser bonita, tem que ser inteligente" é pura besteira! Eles não ligam para isso. Os homens não vão para a balada para procurar a mais legal, não vão para ficar olhando qual é a mulher com o papo mais cabeça, mas vão para procurar - e achar, - a mulher com a bunda maior, com os peitos maiores e mais proporcionais, com o cabelo mais bonito, entre outras coisas... Se não for gostosa, tem que ter no mínimo os olhos claros, ou um rosto apresentável.
No matter (não importa)... Se você gosta de futebol, joga videogame, sabe tudo sobre Fórmula 1 ou está por dentro dos combates do UFC... No matter! Não importa se você gosta de beber cerveja, ou de jogar sinuca... Ou você nasce gostosa, ou você nasce gostosa, não tem meio termo, a verdade é bem essa.
Se você está esperando o cara que vai notar essas características em você, minha amiga, pode esperar sentada, aliás, se eu fosse você eu nem esperava, porque esse cara não existe. Se o cara for gostar de você, a última coisa que ele vai levar em consideração é o seu gosto amasculinado. Acredite.

Ao som de All Time Low, .

(Em tempo: salvo raras exceções.)

All my loving.

Amambai, 14 de novembro de 2011.

Querida Mônica,

Você sabe que as coisas não estão sendo fáceis para mim, assim como eu sei que não estão sendo fáceis para você também. Mas essas coisas simplesmente acontecem, não é mesmo? E não tem como a gente fugir.
Tenho andado muito distante de você, e eu sei que isso anda te machucando, e que não é certo. Ando complicando demais as coisas para nós dois. Mas isso vai passar. Eu estou trabalhando nisso.
Você foi uma das melhores coisas que me aconteceu, sei que soa um pouco clichê, mas essa é a verdade. E eu não sei onde foi que eu errei, mas tenho certaza de que o erro foi meu.
O tempo que nós passamos juntos ficará para sempre em minha memória. Acredito que nós nos perdemos, de alguma maneira, de alguma forma. Nos perdemos em nossas atitudes, escolhas.
Acho que tudo isso não tem volta, por mais que nós tentemos fazer dar certo. E isso realmente é triste. Porque a nossa história foi um dos romances mais bonitos que já vivi, e o drama mais difícil que já tive de aceitar.
Mas qual é a verdadeira razão de eu estar escrevendo essa certa? Bom, eu queria dizer que eu sinto muito. Sinto muito mesmo. Eu deveria ter lutado mais, ter tentado mais. Você é uma mulher maravilhosa, e eu nunca vou te esquecer.
E eu quero que você saiba que você significa muito mais para mim do que você imagina. Você significa o símbolo de amor em chinês que eu quero tanto tatuar. Você significa o vento que toca meu rosto e balança meus cabelos quase todos os dias. Você significa o raio de sol que me inspira todas as manhãs. Você significa canções do The Fray e do The Betlhes. Você tem ideia do quanto você significa para mim?
Olha, sei que isso tudo parece muito confuso, e é assim que você me deixa: confuso. Mas eu quero tanto que você me entenda. Eu não estou sendo egoísta, pelo contrário, eu estou pensando muito mais em você do que em mim. Acredite. Eu só quero que você seja feliz. Mesmo. E ao meu lado, poxa vida... Você não será feliz. E eu vejo isso por nós dois.
Eu sou inconstante, e você adora ter seus pés no chão sempre. Por isso não te dou tanta segurança, e você precisa muito disso. Eu sou genioso, e você... É maravilhosa. Eu sou uma carta grande, chata e cheia de erros. E você é uma linda canção de amor. Viu a diferença? É aí que queria chegar... Então, fica combinado assim: eu aqui, você aí. Fica bem e se cuida.
E nunca tire esse sorriso lindo e único do rosto. Ele é inspirador. Acredite.

Com carinho,
F.